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Israel intensifica ataques em Beirute; Líbano contabiliza 46 mortos em 24 horas


Imagens da internet

Na madrugada desta quinta-feira (3), a capital do Líbano, Beirute, voltou a ser alvo de ataques aéreos conduzidos por Israel. As Forças de Defesa de Israel confirmaram que as ofensivas têm como foco alvos do Hezbollah, grupo extremista que mantém forte influência militar e política na região. A nova onda de bombardeios deixou seis mortos e sete feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês.

Explosões foram relatadas em áreas centrais de Beirute e nos subúrbios ao sul, regiões que já vinham sendo atingidas por ataques aéreos nos últimos dias. Além disso, a tensão na fronteira sul do Líbano, onde forças israelenses mantêm uma frente de combate, continua a escalar.

A ofensiva israelense ocorre em meio a um agravamento das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, que intensificou os bombardeios ao norte de Israel desde outubro de 2023. O Hezbollah, apoiado pelo Irã e aliado do Hamas, responde com força aos ataques israelenses, resultando em um aumento significativo de vítimas civis. O governo libanês reporta que, nas últimas semanas, mais de mil pessoas perderam a vida, entre elas 156 mulheres e 87 crianças, com outros 6 mil feridos.

O saldo de vítimas nas últimas 24 horas é alarmante: 46 pessoas morreram e 85 ficaram feridas em decorrência dos ataques, conforme informações das autoridades libanesas. Entre as vítimas estão civis desabrigados, aumentando ainda mais a pressão por ajuda humanitária.

Relatos de residentes da região atingida revelam o clima de medo. Nasseryn, uma brasileira que vive em Beirute, expressou sua preocupação ao G1, ao narrar momentos de desespero enquanto tentava contatar familiares próximos à região de Bashoura, atingida durante os bombardeios. "Entrei em pânico", disse ela, aliviada ao saber que seus entes queridos estavam, por enquanto, a salvo.

A escalada da violência levou o Conselho de Segurança da ONU a se reunir nesta quarta-feira (2). O secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou o apelo para que a soberania do Líbano seja respeitada e pediu moderação nas ações militares. O representante libanês na ONU contestou as alegações de Israel de que os ataques seriam "precisos", afirmando que milhares de civis estão sendo afetados, além de destacar a necessidade urgente de ajuda internacional.

A comunidade internacional acompanha com preocupação a deterioração do cenário, que lembra as tensões históricas da região. O conflito entre Israel, Líbano e o Hezbollah se arrasta há quase 50 anos, e a perspectiva de uma solução pacífica parece cada vez mais distante.

Desde julho de 2023, o conflito entre Israel e o Hezbollah tem escalado. A morte de um comandante do grupo extremista em um ataque israelense aumentou as tensões, levando a uma série de represálias. Israel intensificou suas operações, e o Hezbollah, em resposta, ampliou seus bombardeios, resultando em novos confrontos nas áreas de fronteira e em Beirute.

Em setembro, uma série de explosões atingiu equipamentos do Hezbollah, marcando o início de uma nova fase no conflito, segundo o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant. No final daquele mês, Israel intensificou suas operações militares, incluindo uma ofensiva terrestre "limitada e precisa" contra o Hezbollah no Líbano.

O conflito, que já ceifou milhares de vidas ao longo dos anos, volta a colocar a região em um ciclo de violência que parece longe de ser resolvido, enquanto civis continuam a pagar o preço mais alto dessa tragédia humanitária.

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