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Vandalismo no Recreio

Torcedores do Peñarol promovem vandalismo no Recreio; 283 detidos após onda de destruição

Incidentes tiveram início com prisão por furto e evoluíram para uma série de confrontos e depredações antes de partida da Libertadores contra o Botafogo.


Imagens da internet

Na tarde desta quarta-feira (23), a orla do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi tomada por cenas de violência e caos, protagonizadas por torcedores do Peñarol. O grupo uruguaio, que estava na cidade para a semifinal da Libertadores contra o Botafogo, envolveu-se em uma série de episódios de vandalismo, saques e confrontos com policiais e civis. A confusão resultou na detenção de 283 torcedores e deixou um rastro de destruição.

A confusão começou por volta do meio-dia, quando um dos torcedores foi preso em flagrante por furtar um celular em uma padaria localizada na Avenida Lúcio Costa, a principal via da orla. O furto foi registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento, e a Polícia Militar, que já escoltava os torcedores, localizou o suspeito. A prisão, no entanto, gerou revolta no grupo de uruguaios, que imediatamente iniciou uma série de ataques e depredações na área.

O tumulto durou cerca de 80 minutos, com torcedores utilizando paus, pedras e objetos roubados de quiosques e comerciantes como armas contra policiais e banhistas. Um quiosque foi completamente saqueado, com suas mesas usadas como escudos e as armações das barracas transformadas em porretes. Na rua, uma moto foi incendiada, e o trânsito na Avenida Lúcio Costa precisou ser interrompido.

Na praia, a violência continuou. Carrinhos de praia foram saqueados, e barracas e cadeiras foram usadas para atacar qualquer pessoa que tentasse interferir. Moradores da região, em retaliação, atacaram um dos ônibus de excursão dos torcedores uruguaios e atearam fogo ao veículo.

Por volta das 13h15, homens do Batalhão de Choque chegaram ao local e conseguiram conter parte do grupo, cercando os envolvidos e forçando-os a se sentar na areia. Em seguida, os detidos foram levados para a Cidade da Polícia.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, sete pessoas ficaram feridas durante os confrontos, e três delas foram levadas para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Ainda não há informações detalhadas sobre a gravidade dos ferimentos.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que os torcedores uruguaios não poderão assistir ao jogo no Estádio Nilton Santos e serão escoltados para fora do estado. Ele também destacou que a segurança será reforçada para evitar novos episódios de violência.

Esta não é a primeira vez que torcedores do Peñarol se envolvem em confusões no Rio de Janeiro. Em setembro, houve um confronto semelhante na Praia da Macumba, também na Zona Oeste, e em 2019, cerca de 100 torcedores do clube foram detidos após tumultos na orla do Leme, na Zona Sul. Em 2020, um torcedor do Flamengo morreu após ser espancado por torcedores uruguaios em outro incidente violento.

A sequência de episódios coloca em evidência o comportamento agressivo de alguns grupos de torcedores e reforça o alerta para as autoridades de segurança pública nos eventos esportivos internacionais.

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