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Justiça

Tribunal do Júri do Rio condena assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes a longas penas de prisão


Imagens da internet

Seis anos, sete meses e 17 dias após o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (30), condenou os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz pelos crimes. Lessa, apontado como o autor dos disparos, foi sentenciado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio, motorista do veículo usado na emboscada, recebeu pena de 59 anos e 8 meses.

A condenação, acompanhada por familiares e amigos das vítimas, trouxe uma onda de emoção e alívio, com manifestações intensas no tribunal. Marinete e Antônio, pais de Marielle, sua irmã Anielle Franco, e sua filha Luyara, além da viúva Mônica Benício, participaram do momento com lágrimas e aplausos. A viúva de Anderson, Ághata Reis, também esteve presente.

Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram condenados por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle, que estava no veículo no momento do atentado e conseguiu sobreviver. A condenação incluiu ainda receptação do carro usado no crime, um Cobalt prata clonado, que foi fundamental para a execução do plano.

Além da prisão, ambos foram condenados a arcar com custas de R$ 3,5 milhões em indenizações por danos morais, que serão divididos entre as famílias de Marielle e Anderson, além de Fernanda. Também deverão pagar uma pensão mensal ao filho de Anderson, Arthur, até que ele complete 24 anos.

Embora as penas sejam severas, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz firmaram acordos de delação premiada, o que permitirá uma redução no tempo que cumprirão em regime fechado. De acordo com os termos, Élcio deverá ficar até 12 anos em regime fechado, enquanto Lessa permanecerá preso em regime fechado por, no máximo, 18 anos, com outros dois anos no regime semiaberto.

Esses prazos começaram a contar desde a prisão de ambos, ocorrida em 12 de março de 2019, e resultam em um tempo de reclusão consideravelmente menor que as sentenças iniciais: Élcio poderá deixar a prisão em 2031, enquanto Lessa terá a chance de progredir para o regime semiaberto em 2037, com liberdade plena prevista para 2039.

O julgamento dos envolvidos diretos é apenas um passo no caso, que ainda levanta questionamentos sobre quem teria ordenado a execução. A apuração segue em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) para identificar possíveis mandantes do crime.

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