O futebol uruguaio está de luto. O zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional, faleceu nesta terça-feira (27), aos 27 anos, após passar cinco dias lutando pela vida. Izquierdo estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, depois de sofrer uma parada cardíaca durante uma partida contra o São Paulo, válida pelas oitavas de final da Copa Libertadores.
O incidente ocorreu na última quinta-feira (22), quando o jogador desmaiou repentinamente em campo, no Morumbi, após sofrer uma arritmia cardíaca. Apesar dos esforços imediatos da equipe médica, incluindo manobras de ressuscitação cardiopulmonar e desfibrilação, o quadro de Izquierdo se agravou. Exames realizados no domingo (25) mostraram uma progressão preocupante do comprometimento cerebral e aumento da pressão intracraniana, levando o jogador a uma condição irreversível.
De acordo com o cardiologista Dr. Roberto Kalil, a arritmia cardíaca pode afetar qualquer pessoa, independentemente da idade. "Existem arritmias benignas, que não colocam a vida em risco, e as chamadas arritmias malignas, que podem levar a uma parada cardíaca e, eventualmente, à morte súbita", explicou Kalil. No caso de Izquierdo, um atleta jovem e saudável, o episódio serve como um alerta para a imprevisibilidade dessas condições.
A arritmia cardíaca altera o ritmo do coração, fazendo com que ele bata de forma irregular, o que pode comprometer o fluxo sanguíneo e afetar órgãos vitais, como o cérebro. Infelizmente, foi o que ocorreu com Izquierdo, cujo cérebro sofreu danos irreversíveis devido à falta de oxigenação adequada.
O presidente do Nacional, Alejandro Balbi, destacou que o jogador nunca apresentou problemas cardíacos nos exames realizados pelo clube. "Os exames do atleta sempre foram normais e ele nunca teve nenhum episódio cardíaco", afirmou Balbi. A morte súbita de Izquierdo chocou não apenas o clube, mas também a comunidade esportiva, que acompanhou de perto a luta do jogador pela vida.
Familiares de Izquierdo viajaram ao Brasil para estar ao lado do atleta durante seus últimos momentos. Sua esposa, Selena, permaneceu no Uruguai cuidando do filho recém-nascido do casal, de menos de um mês, e da filha de dois anos.
A morte de Juan Izquierdo é um triste lembrete da fragilidade da vida, mesmo para aqueles que dedicam suas vidas ao esporte. O futebol uruguaio perde um jovem talento, e a comunidade esportiva mundial lamenta profundamente a tragédia.