Operação da Polícia Federal resulta na prisão de Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Delegado Rivaldo Barbosa por envolvimento no caso Marielle Franco

A operação, batizada de "Murder, Inc.", foi deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ)

Por Redação RL em Foco em 24/03/2024 às 07:55:17
Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de envolvimento na morte de Marielle Franco - Foto: Reprodução

Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de envolvimento na morte de Marielle Franco - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro — Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), e seu irmão, Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil, foram presos neste domingo (24) sob acusações de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018, juntamente com o motorista Anderson Gomes. Além deles, o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil e atual coordenador de Comunicações e Operações Policiais, também foi detido.

A operação, batizada de "Murder, Inc.", foi deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Os mandados de prisão preventiva foram executados após intensas investigações sobre o caso.

Além das prisões, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão, direcionados à sede da Polícia Civil do Rio e ao Tribunal de Contas do Estado. Entre os alvos estão o delegado Giniton Lages, que liderou as investigações sobre o assassinato de Marielle, e Marcos Antônio de Barros Pinto, um de seus principais colaboradores.

Os investigadores, que ainda buscam esclarecer os motivos por trás do assassinato de Marielle Franco, destacam a possível ligação do crime com a expansão territorial de milícias no Rio de Janeiro. Adicionalmente, há suspeitas de que Rivaldo Barbosa tenha deliberadamente negligenciado a investigação do caso.

A ação policial ocorreu no início deste domingo para surpreender os suspeitos, após informações de inteligência indicarem estarem em alerta desde a homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Lessa, que está detido desde 2019 como um dos executores do crime, forneceu informações detalhadas sobre os mandantes e as motivações por trás do assassinato.

A repercussão do caso foi imediata. Anielle Franco, irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, expressou sua gratidão pelo progresso nas investigações, destacando o papel da PF, do governo federal e dos órgãos de justiça na busca pela verdade e pela justiça. A prisão dos suspeitos representa um marco importante na luta por respostas sobre a morte da vereadora e seu motorista.

Este desdobramento do caso Marielle Franco é aguardado com grande expectativa pela sociedade brasileira, à medida que se aproxima um momento crucial na busca pela verdade e pela justiça para as vítimas e suas famílias.

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