Polícia Federal investiga fraude em compras emergenciais durante a pandemia em Duque de Caxias

Cerca de 50 policiais federais e 12 auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram 10 mandados de busca e apreensão, autorizados pela 4ª Vara Federal de São João de Meriti.

Por Redação RL em Foco em 20/03/2024 às 20:30:34
Durante as buscas, foram apreendidos carros, relógios de luxo e uma quantia em dólares, equivalente à cerca de R$ 30 mil. Foto: Divulgação/PF

Durante as buscas, foram apreendidos carros, relógios de luxo e uma quantia em dólares, equivalente à cerca de R$ 30 mil. Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou a Operação Janus nesta quarta-feira (20), com o objetivo de desmantelar um esquema de superfaturamento em compras emergenciais de equipamentos de combate à Covid-19 pela Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As investigações apontam um prejuízo que ultrapassa os R$ 5 milhões.

Cerca de 50 policiais federais e 12 auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram 10 mandados de busca e apreensão, autorizados pela 4ª Vara Federal de São João de Meriti. As ações foram realizadas em residências, empresas e escritórios nos municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e Bom Jardim.

José Carlos de Oliveira, ex-secretário de Saúde de Duque de Caxias, é um dos alvos da operação. Agentes estiveram em sua residência, uma mansão localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores que totalizam mais de R$ 5 milhões.

Durante as buscas, foram apreendidos carros, relógios de luxo e uma quantia em dólares, equivalente à cerca de R$ 30 mil. Em uma das residências, localizou-se um lagarto australiano, enquanto a filha do alvo foi presa em flagrante.

A investigação da Polícia Federal, iniciada em 2020, revelou irregularidades em processos de dispensa de licitações para a compra de equipamentos de combate à Covid-19. O esquema envolvia empresas de fachada e a utilização de pessoas interpostas para ocultar a origem e destino dos valores obtidos ilicitamente. Os crimes investigados incluem associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

A Operação Janus recebeu esse nome em referência à figura da mitologia romana, conhecida como o deus dos começos, escolhas, passagens e transições, frequentemente representado com duas faces.



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