Relatório da CPMI do 8 de Janeiro não contém informações sobre ameaças a Moraes

Relatoria e investigadores negam conhecimento de planos para matar ministro do STF

Por RL em Foco em 06/01/2024 às 08:07:50
Vinícius Schmidt/ Metrópoles

Vinícius Schmidt/ Metrópoles

A relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, responsável pelo extenso relatório final de 1.333 páginas, afirma não ter tido acesso ou conhecimento prévio das ameaças de morte relatadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Tanto a senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI, quanto os assessores e investigadores envolvidos na elaboração do relatório, declaram não ter tido acesso a documentos ou informações que mencionassem os fatos narrados por Moraes em sua entrevista ao jornal O Globo.

Os detalhes sobre os supostos planos para assassinar o ministro do STF, destacados por Moraes, não foram incluídos no relatório final da CPMI do 8 de Janeiro. O ministro afirmou que as investigações revelaram que ele era um dos principais alvos dos golpistas. Em relato detalhado, Moraes mencionou que um dos planos visava sua prisão pelas Forças Especiais do Exército, seguida de sua morte sob custódia. Outra ideia mencionada pelo ministro era a possibilidade de ser enforcado na Praça dos Três Poderes.

Contudo, os responsáveis pela condução da CPMI afirmam não ter tido acesso a quaisquer informações que corroborassem essas ameaças, o que não permitiu a inclusão desses detalhes no relatório final, lançando questionamentos sobre a falta dessas informações no documento oficial produzido pela Comissão.

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