Após documentário polêmico, site da agência Mynd8 sai do ar

Vídeo sobre caso Choquei alcança mais de 1 milhão de visualizações, levantando debates sobre ética nas redes sociais

Por RL em Foco em 03/01/2024 às 18:30:00
Reprodução Canal Daniel Penin

Reprodução Canal Daniel Penin

O lançamento do documentário "Choquei – Lacrando Vidas" pelo empresário Daniel Penin trouxe à tona a estrutura interna da agência Mynd8 e suas conexões com perfis de fofoca. Desde então, o site da agência encontra-se indisponível, coincidindo com o alcance viral do vídeo, que ultrapassou 1 milhão de visualizações no YouTube.

O documentário foca nas mudanças no site da Mynd8 após a trágica morte de Jéssica Vitória Canedo. A jovem de 22 anos tirou a própria vida após ser difamada por perfis de fofoca, incluindo o Garotx do Blog e o Choquei, que propagaram notícias falsas sobre um suposto envolvimento amoroso entre Jéssica e o influenciador Whindersson Nunes, agravando sua batalha contra a depressão.

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Antes da fatalidade envolvendo Jéssica, o site da Mynd8 possuía uma seção dedicada a páginas de fofoca, levantando questionamentos sobre o papel da agência na disseminação de informações difamatórias e seus impactos negativos.

Até o momento, a Mynd8 não emitiu nenhum comunicado sobre a interrupção do site, que coincide com o lançamento do documentário de Penin. Este destaca não somente a relação da agência com influenciadores, mas também expõe contratos milionários, inclusive com financiamento do governo.



A exposição feita no documentário instiga discussões sobre a responsabilidade das agências de entretenimento e dos influenciadores nas redes sociais. A disseminação de fake news e a exposição excessiva de informações pessoais são questões críticas, considerando seu impacto na saúde mental das pessoas envolvidas.

Os perfis que fazem parte da Banca Digital, projeto da Mynd que reúne mais de 30 perfis de fofoca e centenas de milhões de seguidores | Foto: Reprodução/Twitter/X

Esse caso se torna um alerta, gerando reflexões profundas sobre a ética nas redes sociais. Estabelecer limites na divulgação de informações e combater o sensacionalismo e a difamação são essenciais. Além disso, destaca-se a necessidade das agências de entretenimento assumirem responsabilidades na seleção e no acompanhamento dos influenciadores com quem trabalham, especialmente ao receberem financiamento governamental.

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