O cenário político de Silva Jardim ganhou um desfecho decisivo nesta semana. Na última terça-feira (26), o ministro Kassio Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizou o registro de candidatura de Maira Figueiredo (MDB) à reeleição, encerrando um impasse jurídico que vinha marcando o futuro político do município. Embora a decisão ainda permita recursos, a prefeita está liberada para disputar e assumir o mandato em 2025.
A argumentação da oposição baseava-se no fato de que Jaime Figueiredo, marido de Maira, havia ocupado o cargo de prefeito entre outubro de 2019 e dezembro de 2020, após a cassação da então prefeita Maria Dalva do Nascimento. Eles alegavam que a eleição de Maira configuraria uma continuidade familiar no comando do Executivo.
Contudo, a decisão de Nunes Marques afastou essa interpretação, afirmando que o intervalo de nove meses entre o término do mandato interino de Jaime e a eleição de Maira em 2021 rompeu o vínculo familiar com a prefeitura. O ministro destacou ainda que Jaime não exerceu o cargo de prefeito nos seis meses anteriores à eleição de Maira, garantindo, assim, a legalidade de sua candidatura.
A decisão é vista como um marco, não apenas para a prefeita, mas também para o cenário político local, que vinha enfrentando incertezas sobre quem assumiria a administração em 2025.
"Meu sentimento é de gratidão a Deus, minha família e a cada um que caminha comigo nesta trajetória de trabalho e gestão de excelência. A Justiça foi feita a favor do povo da nossa cidade, que exerce seu direito ao voto por meio da democracia."
Maira também rebateu críticas recebidas durante o processo, mencionando as dificuldades enfrentadas. "Lidamos com ódio, desrespeito e falas inverídicas que tentaram ocultar a verdade. Hoje, colhemos os frutos da esperança."
A polêmica eleitoral chega ao fim, mas a expectativa agora recai sobre os próximos passos da prefeita, que terá o desafio de consolidar seu legado e atender às demandas do município em um novo mandato.