Prefeito de Rio Bonito exonera comissionados após derrota eleitoral e levanta debate sobre transição política na cidade

Leandro Peixe, que ficou em terceiro lugar nas eleições municipais, demite a maioria dos ocupantes de cargos comissionados a dois meses do fim de seu mandato; prefeitura não se manifestou sobre a decisão

Por Redação RL em Foco em 10/10/2024 às 20:52:54
Centro administrativo da Prefeitura de Rio Bonito ?- Foto: Reprodução

Centro administrativo da Prefeitura de Rio Bonito ?- Foto: Reprodução

Rio Bonito–RJ — O prefeito de Rio Bonito, Leandro Peixe (Solidariedade), exonerou a maior parte dos funcionários ocupantes de cargos comissionados nesta quarta-feira (9), de acordo com o Diário Oficial. A medida foi tomada logo após o prefeito ser derrotado nas eleições municipais, em que ficou em terceiro lugar com 26,55% dos votos válidos. Peixe, que havia conquistado a prefeitura em 2020 pelo Republicanos, será substituído por Marcos Abrahão (União), eleito com 28,43% dos votos.

A lista de exonerações não especifica os nomes dos servidores dispensados, mas inclui cargos de confiança como assistentes, assessores, diretores de divisão e departamento. O corte ocorre a menos de dois meses do fim do mandato de Peixe, o que levanta questionamentos sobre o impacto dessa decisão na continuidade dos serviços públicos e na transição de governo.

Leandro Peixe encerra seu mandato após aumentar seu patrimônio declarado em mais de três vezes em relação à eleição anterior. Em 2020, ele havia declarado R$ 70 mil em bens; para a eleição de 2024, esse valor saltou para R$ 262.666,56. Do total arrecadado para sua campanha, R$ 253 mil foram doados, sendo a maior parte proveniente de seu próprio partido, o Solidariedade.

A exoneração em massa dos comissionados gera preocupação quanto à governabilidade nos últimos meses de seu mandato. Segundo especialistas, esse tipo de ação pode dificultar a transição para a nova administração, prejudicando a continuidade de projetos e programas municipais.

A prefeitura de Rio Bonito foi procurada para comentar a decisão, mas até o fechamento desta matéria não respondeu aos contatos da reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

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