O Gabinete de Segurança Institucional do Governo do Estado do Rio de Janeiro reforçou a segurança do governador Cláudio Castro e sua família após o setor de inteligência da Polícia Civil identificar um plano de atentado contra ele, a primeira-dama e seus dois filhos. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (26) pela assessoria de imprensa do governo estadual.
De acordo com uma nota divulgada à imprensa, o plano foi descoberto após ataques da milícia ao transporte público na zona oeste da capital, ocorridos após a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, apontado como o segundo homem na hierarquia de um grupo de milicianos na área, sendo sobrinho do chefe da facção, Luís Antônio da Silva Braga, também conhecido como Zinho.
O governo estadual afirma que as informações estão sob investigação rigorosa para identificar e punir os responsáveis.
Os ataques perpetrados pela milícia causaram destruição na frota de ônibus da cidade. Segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, 35 coletivos foram incendiados. Além disso, um trem da SuperVia também foi alvo dos criminosos, com a cabine sendo incendiada.
O temor gerado pelos ataques levou ao fechamento de escolas públicas e privadas na região, e lojas de centros comerciais encerraram o expediente mais cedo. Em Santa Cruz, bairro mais afetado, 7 mil pessoas ficaram sem atendimento médico na terça-feira devido ao fechamento de unidades de saúde da rede municipal.
Na quarta-feira, o governador Cláudio Castro esteve em Brasília para solicitar apoio federal no combate às milícias que controlam diversas áreas na capital estadual. Castro também esteve no Senado, onde apresentou propostas para o endurecimento de penas.
Os governos estadual e federal anunciaram a formação de uma força-tarefa para combater o poder econômico das quadrilhas. O grupo inclui representantes de instituições de segurança e controle financeiro, como a Fazenda Estadual, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, entre outros. O trabalho será coordenado pela Casa Civil do governo do Rio.