O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, nesta quarta-feira (19), os pedidos de afastamento dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 acusados de tentativa de golpe de Estado. As defesas de Bolsonaro e dos generais, Walter Braga Netto e Mário Fernandes, alegaram possíveis conflitos de interesse para solicitar o impedimento dos ministros, mas a maioria do STF votou contra os pedidos, permitindo a continuidade do julgamento com a participação dos três magistrados.

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, destacou em seu voto que não foram apresentadas provas concretas que justificassem o afastamento dos ministros. Ele afirmou que não houve "concreta demonstração da parcialidade" por parte de Moraes, Dino ou Zanin. Os próprios ministros citados se abstiveram de participar da votação sobre seus impedimentos.

Com essa decisão, o julgamento prossegue na Primeira Turma do STF, responsável por analisar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O caso continua em análise no plenário virtual do STF, com previsão de conclusão na quinta-feira (20).