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Revolução Financeira: Operadoras de celular desafiam normas e disparam processo judicial de R$ 12 bilhões contra o Governo

Entre as empresas, o maior valor em aberto é da Telefônica Brasil (controladora da Vivo), com R$ 4,3 bilhões.

Atualizado em 18/03/2024 às 20:03, por Redação RL em Foco.

Um embate jurídico de magnitude bilionária está sacudindo o setor das telecomunicações no Brasil. O que começou como uma medida paliativa durante os tempos conturbados da pandemia agora se transformou em uma batalha que ameaça redefinir as relações entre as operadoras de celular e o Estado.

Desde o início da crise de saúde pública, as empresas de telecomunicações foram autorizadas a adiar o pagamento ao Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), resultando em um déficit colossal de R$ 11,689 bilhões nos cofres públicos. Este fundo, criado décadas atrás para cobrir os custos de fiscalização do setor, tornou-se o epicentro de uma controvérsia que agora está sendo decidida nos tribunais.

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As operadoras argumentam veementemente que o montante arrecadado pelo Fistel excede em muito o que é necessário para supervisionar eficazmente o setor das telecomunicações. Esta postura desencadeou um impasse legal que se arrasta sem uma resolução clara à vista. Uma liminar temporária suspendeu a cobrança do Fistel, mas o mérito da questão continua em aberto, aguardando uma decisão final do Tribunal Regional Federal (TRF).

Enquanto isso, a União se vê diante de uma lacuna financeira significativa, com o funcionamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em risco. Carlos Baigorri, presidente da Anatel, expressou sua preocupação com o possível impacto negativo dessa suspensão para a agência reguladora, enfatizando a necessidade premente de resolução.

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Contudo, as operadoras de celular permanecem firmes em sua posição, questionando não apenas a necessidade do pagamento do Fistel, mas também a viabilidade de tais exigências em um ambiente regulatório em rápida evolução. O presidente da Telefônica Brasil, Christian Gebara, ressaltou que a função do Fistel perdeu relevância ao longo do tempo, especialmente após o período da pandemia.

Enquanto a AGU avalia o caso, o setor de telecomunicações aguarda ansiosamente por uma resolução que poderia redefinir o equilíbrio de poder entre as operadoras de celular e o governo. A incerteza paira sobre o destino desses bilhões em disputa, enquanto o Brasil observa atentamente o desenrolar deste drama financeiro em escala nacional.