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Reformulação do ensino médio: novas mudanças propostas e desafios à frente

Na última quarta-feira (19), o Senado Federal aprovou por votação simbólica um projeto de lei que propõe alterações significativas no Novo Ensino Médio. Este novo texto agora retorna à Câmara dos Deputados para uma nova análise, após modificações feitas pelos senadores. A reforma visa revisar o formato implementado em 2017, que introduziu itinerários formativos e enfrentou desafios significativos ao longo dos últimos anos.

Atualizado em 20/06/2024 às 14:06, por RL em Foco.

Na última quarta-feira (19), o Senado Federal aprovou por votação simbólica um projeto de lei que propõe alterações significativas no Novo Ensino Médio. Este novo texto agora retorna à Câmara dos Deputados para uma nova análise, após modificações feitas pelos senadores. A reforma visa revisar o formato implementado em 2017, que introduziu itinerários formativos e enfrentou desafios significativos ao longo dos últimos anos.

A presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, em entrevista à CNN nesta quinta-feira (20), destacou as falhas do modelo anterior e a importância das mudanças propostas. Desde sua implementação sob o governo de Michel Temer, o Novo Ensino Médio permitiu aos estudantes escolher itinerários formativos alinhados com suas áreas de interesse:

- Linguagens e suas tecnologias

- Matemática e suas tecnologias

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- Ciências da natureza e suas tecnologias

- Ciências humanas e sociais aplicadas

- Formação técnica e profissional

Entretanto, segundo Priscila Cruz, o modelo anterior limitava a carga horária para formação geral básica a 1.800 horas ao longo dos três anos do Ensino Médio, o que impactou negativamente a qualidade e a equidade da educação oferecida.

As novas alterações discutidas visam corrigir essas falhas, aumentando a flexibilidade e melhorando a qualidade do ensino oferecido. A especialista enfatiza a necessidade de reduzir a evasão escolar e aumentar a participação na educação profissional, um aspecto crucial considerando que apenas 11% dos brasileiros estão matriculados em cursos técnicos, enquanto a média na América Latina é de 20% e nos países da OCDE chega a 40%.

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Priscila Cruz alerta para a urgência na análise do novo projeto pela Câmara dos Deputados, especialmente devido ao planejamento educacional já em curso nas secretarias de Educação pelo país. A incerteza sobre o futuro do Novo Ensino Médio impacta diretamente as escolas e os estudantes, prejudicando o avanço educacional e promovendo um atraso que pode ter consequências significativas para a geração atual.

"A implementação anterior enfrentou muitos desafios e resultou em desigualdades significativas entre as redes estaduais de ensino. É fundamental que os políticos ajam com senso de urgência para evitar que isso se repita", concluiu a presidente do Todos Pela Educação.

A expectativa agora é que a Câmara dos Deputados analise o texto com celeridade, garantindo que as mudanças propostas possam ser implementadas de forma eficaz e benéfica para o sistema educacional brasileiro.