A cidade de Porciúncula deu um passo histórico nesta segunda-feira (14), Dia Mundial do Café, ao oficializar a criação de uma nova estrutura pública voltada exclusivamente ao desenvolvimento da cafeicultura local. Trata-se da Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cafeicultura, uma iniciativa pioneira no Brasil que promete transformar a realidade dos produtores e fortalecer ainda mais a posição do município no cenário estadual e nacional.

O órgão terá sua sede no distrito de Santa Clara, reconhecido como o coração da produção cafeeira de Porciúncula. A escolha estratégica reforça o compromisso da gestão municipal em dar protagonismo a um setor que movimenta milhões de reais, além de ser responsável por uma significativa geração de empregos e renda no Noroeste Fluminense.

"Estamos valorizando uma atividade que já é reconhecida pela sua qualidade e impacto na economia regional. Os cafés especiais do Alto Noroeste vêm se destacando em premiações e ganhando prestígio dentro e fora do país. Com essa nova secretaria, queremos dar o suporte necessário para que a cafeicultura se consolide como uma das forças econômicas do interior do estado", afirmou o prefeito Guilherme Fonseca.

A importância do café vai muito além do sabor que agrada paladares, mundo afora — ele é a segunda bebida mais consumida no planeta, ficando atrás somente da água. O Brasil, líder global na produção e exportação, comercializou cerca de 2,2 milhões de toneladas do grão em 2022, exportando para mais de 140 países, segundo o Ministério da Agricultura.

No estado do Rio de Janeiro, o protagonismo também cresce. São aproximadamente 300 mil sacas produzidas anualmente, em uma área de 11 mil hectares. Porciúncula, com sua forte produção concentrada em Santa Clara, integra o maior polo cafeeiro fluminense.

Segundo o Sebrae, aproximadamente 70% do café tipo arábica cultivado no estado vem do Noroeste, com expressiva participação do município vizinho, Varre-Sai. A região abriga cerca de 1.150 cafeicultores — sendo a grande maioria pequenos produtores familiares, que representam mais de 80% dos empreendimentos do setor no estado. A região abriga cerca de 1.150 cafeicultores — sendo a grande maioria pequenos produtores familiares, que representam mais de 80% dos empreendimentos do setor no estado.

Com a criação da nova secretaria, Porciúncula se antecipa às tendências e assume uma posição de liderança no apoio institucional à cafeicultura, apostando em políticas públicas voltadas à qualificação, inovação e sustentabilidade no campo. O futuro do café fluminense está em ebulição — e começa a ser escrito com aroma e sabor bem definidos no Alto Noroeste.