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Pinguim é resgatado em Praia de Niterói: Animal encontrado exausto e desidratado

Na manhã deste sábado, um pinguim-de-magalhães foi resgatado na praia de Jurujuba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O animal, que aparentava.

Atualizado em 15/07/2024 às 13:07, por RL em Foco.

Na manhã deste sábado, um pinguim-de-magalhães foi resgatado na praia de Jurujuba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O animal, que aparentava estar exausto e desidratado, foi encontrado por um grupo de praticantes de canoa havaiana no mar.

O resgate foi realizado pelo clube de canoa havaiana Hoe Niterói, que carinhosamente apelidou o pinguim de "Helinho". Após ser encontrado, Helinho foi imediatamente levado para o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMO-BS), responsável pelo monitoramento e cuidado da fauna marinha na região.

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Helinho é um pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), identificado pelo "colar" de penas brancas ao redor do pescoço. A bióloga Jéssica Nigro, especialista em Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico pela Universidade Federal Fluminense (UFF), explica que essa espécie migra anualmente a partir de abril devido às baixas temperaturas e à escassez de alimento na Patagônia argentina e chilena, além das ilhas Malvinas.

"Esses pinguins não dependem do gelo para sobreviver e formam bandos para enfrentar as correntes frias, procurando abrigo e alimento, principalmente a anchoita, na costa brasileira", detalha a bióloga.

Embora o litoral sul do Brasil seja o destino mais comum para esses pinguins, alguns indivíduos avançam para o sudeste e, raramente, para o nordeste. "Nosso inverno é quente para eles. Por isso, retornam ao seu habitat natural entre setembro e outubro, quando começa o período de reprodução e construção de ninhos", explica Jéssica Nigro.

Entretanto, o longo percurso em busca de alimento e abrigo pode causar grande cansaço, desidratação e hipoglicemia. Muitos pinguins acabam se perdendo do bando ou encalhando nas praias, enquanto outros não conseguem completar a jornada e morrem antes de retornar para casa.

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Além dos desafios naturais, ações humanas também impactam a migração dos pinguins-de-magalhães. "O lixo marinho, quando ingerido, pode causar obstrução no estômago e intestino. O derramamento de petróleo e a interação com a pesca, onde os pinguins podem ficar emaranhados em apetrechos, resultando em bycatch ou pesca fantasma, são outras ameaças significativas", alerta a bióloga.

Helinho agora está sob os cuidados do PMO-BS, onde receberá tratamento e recuperação. O projeto continuará monitorando seu progresso, garantindo que ele esteja saudável e pronto para voltar ao seu habitat natural. A história de Helinho serve como um lembrete da importância de proteger nossas espécies marinhas e preservar o ambiente em que vivem.