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PF e Receita Federal desmantelam esquema de fraudes na importação de smartphones

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, deflagrou nesta terça-feira (1/10) a Operação iFraud, com o objetivo de combater um esquema de fraudes envolvendo a importação e o comércio irregular de smartphones. O grupo criminoso, liderado por um influenciador digital com mais de 600 mil seguidores, usava redes sociais para ensinar como burlar o pagamento de tributos na importação de produtos dos Estados Unidos.

Atualizado em 01/10/2024 às 23:10, por RL em Foco.

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A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, deflagrou nesta terça-feira (1/10) a Operação iFraud, com o objetivo de combater um esquema de fraudes envolvendo a importação e o comércio irregular de smartphones. O grupo criminoso, liderado por um influenciador digital com mais de 600 mil seguidores, usava redes sociais para ensinar como burlar o pagamento de tributos na importação de produtos dos Estados Unidos.

A operação foi desencadeada após a Receita Federal identificar um influenciador que, por meio de vídeos e tutoriais online, orientava seus seguidores a importar produtos sem pagar os impostos devidos. Além de disseminar métodos ilegais, o influenciador também comercializava smartphones adquiridos de forma irregular, sendo ele próprio responsável pela distribuição dos aparelhos no Brasil.

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Para viabilizar o esquema, o influenciador contava com uma rede organizada de cúmplices, que coordenava a importação dos dispositivos e a entrega para os clientes. O grupo oferecia diferentes métodos de envio, incluindo a remessa direta dos EUA ao Brasil com falsificação de documentos fiscais, ou a retirada dos produtos no Paraguai, também sem o devido pagamento de taxas alfandegárias.

De acordo com as investigações, a Receita Federal interceptou duas remessas internas contendo smartphones sem documentação que comprovasse a origem lícita dos produtos. Além disso, foi identificada uma empresa envolvida no esquema, que registrou uma movimentação financeira de R$ 45 milhões em 2023, incluindo a compra de R$ 1,8 milhão em criptoativos, como o Tether (USDT). Somente nos primeiros 100 dias de 2024, a empresa já havia comercializado mais de 3 mil aparelhos, totalizando R$ 14 milhões em vendas sem a emissão de notas fiscais.

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Com o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, a operação visa apreender mais provas dos crimes, além de investigar possíveis práticas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As autoridades continuam trabalhando para identificar outros integrantes da quadrilha e desmantelar completamente o esquema, que envolve tanto o comércio ilegal de smartphones quanto a tentativa de sonegar impostos.

A Operação iFraud destaca a atuação coordenada entre a Polícia Federal e a Receita Federal no combate a crimes tributários e fraudes digitais, trazendo à tona um esquema complexo que movimentou milhões de reais por meio de atividades ilícitas.