Em uma movimentação estratégica, a Petrobras anunciou nesta terça-feira (3) que transferiu suas operações aéreas do Aeroporto de Cabo Frio para o Aeroporto de Maricá, ambos no Rio de Janeiro. Essa decisão visa otimizar a logística para o campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, que é atualmente a maior aposta da estatal.

O campo de Búzios, considerado o maior ativo da Petrobras, está projetado para ser o principal campo de produção de petróleo do Brasil, substituindo o campo de Tupi. A expectativa é que Búzios alcance a produção de 1,5 milhão de barris por dia, com a marca de 1 milhão de barris por dia prevista para o terceiro trimestre do próximo ano, conforme declarou Magda Chambriard, presidente da Petrobras.

Com a mudança das operações para Maricá, a Petrobras espera ganhar eficiência no atendimento das sondas e nas unidades de manutenção e segurança. O aeroporto de Maricá, agora responsável pelas operações que antes eram realizadas em Cabo Frio, torna-se o terceiro maior em movimentação de passageiros da Petrobras, atrás apenas dos heliportos de Farol de São Tomé, em Campos, e de Jacarepaguá, ambos também no Rio de Janeiro.

A proximidade de Maricá com o campo de Búzios é um dos principais fatores que motivaram a mudança. A Petrobras destacou que a nova logística reduz o tempo de deslocamento da força de trabalho em cerca de duas horas, o que representa um ganho significativo em eficiência operacional.

Além da otimização logística, o Aeroporto de Maricá agora opera com dez aeronaves e realiza 536 voos mensais, oferecendo 13.500 vagas por mês. Essas operações estão previstas para aumentar ainda mais com a chegada do FPSO Almirante Tamandaré ao campo de Búzios até o final deste ano. Essa será a sexta unidade de produção a ser instalada no campo, com uma equipe de aproximadamente 180 trabalhadores a bordo.

A decisão da Petrobras reflete sua estratégia de aprimorar a eficiência logística e operacional em um dos campos de petróleo mais promissores do Brasil, consolidando ainda mais a importância do campo de Búzios na matriz energética do país.