/apidata/imgcache/63b22ba03e59d628d97db92aa5df542b.png?banner=left&when=1765169903&who=23
/apidata/imgcache/92eb1d0404ae107d5e07c7d95ff38776.png?banner=right&when=1765169903&who=23

PCDF investiga origem de desafio em rede social que levou menina de 8 anos à morte cerebral

Sarah Raíssa inalou gás de desodorante durante suposto desafio do TikTok; Polícia quer identificar responsáveis por disseminar conteúdo perigoso.

Atualizado em 14/04/2025 às 10:04, por RL em Foco.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está apurando as circunstâncias que levaram à morte cerebral da menina Sarah Raíssa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, após ela inalar gás de desodorante aerossol, supostamente motivada por um desafio popularizado nas redes sociais, especialmente no TikTok. O enterro da criança está marcado para a tarde desta segunda-feira (14).

De acordo com o delegado-adjunto Walter José de Sousa, da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), o inquérito busca não apenas esclarecer a dinâmica da tragédia, mas também identificar a origem e a disseminação do conteúdo digital que teria levado Sarah a praticar o ato.

"O principal objetivo da investigação é descobrir como a criança teve acesso ao vídeo que incentivava a prática perigosa e quem são os responsáveis pela criação e distribuição desse conteúdo", explicou o delegado.

/apidata/imgcache/c6815b5c82db5d4cfbba55beb5dced63.jpeg?banner=postmiddle&when=1765169903&who=23

Segundo os relatos iniciais, Sarah foi encontrada desacordada no sofá de casa pelo avô, que cuidava da menina naquele momento. Próximo ao corpo, havia um frasco de desodorante aerossol escondido sob uma almofada encharcada pelo produto. Ela foi levada imediatamente ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde a equipe médica suspeitou da inalação de substância tóxica.

O celular da criança foi apreendido e passará por perícia técnica. O laudo sobre o conteúdo armazenado no aparelho deve ficar pronto em até 30 dias. "Assim que tivermos acesso ao que foi visualizado no dispositivo, poderemos avançar na responsabilização dos envolvidos", afirmou o delegado.

Ainda segundo Walter José, os familiares relataram que Sarah não apresentava qualquer comportamento incomum nos dias que antecederam o episódio. O laudo cadavérico e o exame do local devem esclarecer os detalhes da ocorrência e confirmar a causa da morte.

/apidata/imgcache/82f987f3939054a6d9fc18ca763064bf.jpeg?banner=postmiddle&when=1765169903&who=23

O caso reacende o alerta sobre os riscos da exposição de crianças a conteúdos inadequados nas plataformas digitais. Para o delegado, a tragédia serve como um chamado à responsabilidade dos responsáveis legais e da sociedade como um todo.

"É fundamental que os pais monitorem de perto o que seus filhos estão consumindo na internet. Estar dentro de casa não é mais sinônimo de segurança. Precisamos supervisionar o ambiente digital com a mesma atenção que damos ao mundo físico", alertou.

A PCDF já adiantou que, caso seja confirmado que o vídeo foi assistido por Sarah, a plataforma usada para a visualização será notificada oficialmente para colaborar com as investigações.