Nomeações de familiares de políticos contrastam com promessas não cumpridas à população de Saquarema
Enquanto a população aguarda o aumento da Moeda Saquá para R$ 700,00, a Prefeitura amplia cargos comissionados para parentes de vereadores e ex-vereadores.
A Prefeitura de Saquarema tem sido alvo de críticas devido à nomeação de familiares de políticos em cargos comissionados, enquanto a população aguarda o prometido aumento da Moeda Saquá para R$ 700,00. Recentemente, foram identificadas nomeações que reforçam a prática de nepotismo cruzado na administração municipal.
Entre os casos mais gritantes, destaca-se a nomeação de Lorena Ferreira de Oliveira, irmã do vereador Guilherme Pitiquinho (União Brasil), como assessora especial de gabinete da prefeitura em 15 de janeiro de 2025. Além disso, a ex-prefeita Manoela Peres e seu marido foram designados para cargos em duas secretarias recém-criadas, ampliando o quadro de servidores comissionados em 90 vagas no primeiro mês da nova gestão.
Essas nomeações somam-se a outras já conhecidas, como a de Natane de Souza e Silva Eccard Ivo, esposa do vereador Pedro Ivo, que assumiu o cargo de Assessora Especial de Gabinete em 10 de agosto de 2024, e Gabriel Oliveira da Silva, filho do vereador Wellington de Peres, nomeado em 3 de janeiro de 2022. Ex-vereadores também foram contemplados, como Gilvan Martinelle de Mello, nomeado Administrador Regional vinculado à Secretaria de Transporte e Serviços Públicos, e Eduardo Pinto Veiga, designado Subsecretário de Trabalho e Renda.
Enquanto isso, a população de Saquarema continua aguardando o aumento da Moeda Saquá, programa criado para combater desigualdades sociais e gerar emprego e renda no município. Atualmente, o benefício é de R$ 300,00 mensais, com acréscimo de R$ 100,00 para gestantes e pessoas com deficiência. Durante a campanha eleitoral, a então candidata e atual prefeita Lucimar Vidal prometeu elevar o valor para R$ 700,00, mas até o momento não há previsão para o cumprimento dessa promessa.
A justificativa recorrente para a não concessão do aumento é a necessidade de análise orçamentária, com a alegação de que há prazo até 2028 para implementar o reajuste. No entanto, a criação de novas secretarias e cargos para acomodar aliados políticos tem sido realizada sem aparentes restrições orçamentárias, gerando questionamentos sobre as prioridades da administração municipal.
A população de Saquarema, que enfrenta desafios econômicos e sociais, questiona até quando a prefeitura continuará a beneficiar um grupo seleto, enquanto as promessas de campanha permanecem não cumpridas.









