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MST pressiona Lula por Reforma Agrária e critica agronegócio

Movimento cobra promessas de campanha e denuncia lentidão do governo.

Atualizado em 21/07/2025 às 14:07, por RL em Foco.

Mais de três anos após o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) voltou a manifestar insatisfação com os rumos da política agrária no país. Em uma carta pública divulgada recentemente, o movimento reforça a cobrança por avanços na Reforma Agrária, apontando estagnação nas ações do governo e lentidão dos órgãos responsáveis.

O documento, que circula entre militantes e autoridades, evidencia o clima de frustração que se espalha entre famílias acampadas e assentadas em diversas regiões do Brasil. Para o MST, a ausência de medidas concretas vem aprofundando tensões sociais no campo.

"Onde está a Reforma Agrária?"

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A principal queixa diz respeito à suposta paralisia do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Segundo o movimento, a morosidade das instituições tem inviabilizado projetos produtivos e desmotivado milhares de trabalhadores rurais.

Além disso, a carta traz críticas duras ao agronegócio, que o MST classifica como um setor associado à perda da soberania nacional. O texto também denuncia a influência de multinacionais na agricultura brasileira e acusa o Congresso Nacional de agir em favor dos interesses de grandes grupos econômicos, em detrimento das comunidades camponesas.

Conflitos e disputas legislativas

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O movimento também alerta para o avanço de propostas legislativas que considera prejudiciais às lutas sociais. Entre elas estão projetos que alteram regras de licenciamento ambiental e ampliam o poder de ação das forças de segurança em ocupações sem necessidade de mandado judicial — medidas que, para o MST, ameaçam ainda mais os direitos dos trabalhadores do campo.

Atualmente, estima-se que mais de 122 mil famílias vivem em acampamentos à espera de regularização fundiária. Outras 400 mil famílias já assentadas continuam dependendo de políticas públicas que garantam infraestrutura e acesso a recursos para produção agrícola.

Cobranças ao governo e críticas a ministros

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, tornou-se alvo constante das críticas do movimento, que já chegou a pedir sua saída. Entre as reivindicações, estão o aumento de recursos para programas voltados à agricultura familiar e políticas efetivas de apoio à produção de alimentos.

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O descontentamento do MST escancara um desafio persistente para o governo Lula: equilibrar os compromissos com movimentos sociais históricos e os interesses de setores econômicos dominantes, como o agronegócio. Em meio a esse cenário, a pressão por uma reforma agrária eficaz volta ao centro do debate nacional.