Lagoa Azul em Tanguá caminha para virar ponto turístico oficial
Tanguá, RJ – Um dos cenários mais impactantes do Leste Fluminense está cada vez mais próximo de se tornar um destino turístico reconhecido e estruturado. A famosa Lagoa Azul, formada no terreno de uma antiga pedreira desativada, chama a atenção pela coloração azul-turquesa das águas e pela paisagem natural composta por paredões rochosos e vegetação preservada.
Agora, com um passo importante para a valorização do local, a Prefeitura de Tanguá adquiriu oficialmente a propriedade com o objetivo de transformá-la em um ponto turístico regulamentado, com trilhas seguras, sinalização, infraestrutura básica e preservação ambiental.
Formação acidental, beleza natural
A Lagoa Azul surgiu após o encerramento das atividades de mineração na região, onde era feita a extração de minerais como fluorita, manganês e sienito. Com o tempo, a cratera foi sendo preenchida por águas das chuvas, criando uma lagoa de coloração intensa. A tonalidade azul vibrante é explicada pela presença de compostos minerais que alteram as características da água.
O local, mesmo sem estrutura oficial, tornou-se um destino recorrente para trilheiros, aventureiros, fotógrafos e curiosos que buscam cenários diferentes e naturais no interior do estado.
Acesso e trilha
A Lagoa Azul fica a poucos quilômetros do centro de Tanguá e o acesso final é feito por uma trilha de aproximadamente 10 a 20 minutos, com trechos íngremes e solo instável. O percurso pode ser feito a pé, partindo da zona urbana, ou com apoio de veículos até determinado ponto próximo à entrada da trilha.
A visita, no entanto, exige atenção e preparo. É importante usar calçados adequados, levar água, evitar horários de pouca luz e, principalmente, respeitar os limites naturais do terreno.
Riscos e restrições
Apesar do apelo visual, a água da Lagoa Azul não é apropriada para banho. Estudos apontam a presença de elementos químicos como flúor, manganês e alumínio, o que pode representar risco à saúde em caso de contato prolongado.
Além disso, por ter sido formada em uma pedreira, as encostas são íngremes, com possibilidade de deslizamentos e quedas. Por esses motivos, as autoridades orientam que não se entre na água e que visitas sejam feitas com cautela, até que o espaço seja oficialmente preparado e seguro.
Transformação em área turística
Com a aquisição da área, a Prefeitura de Tanguá deu início ao processo de transformação da Lagoa Azul em unidade de conservação ambiental com fins turísticos. A proposta é criar um espaço que respeite o meio ambiente e, ao mesmo tempo, proporcione lazer, ecoturismo e geração de renda para a população local.
O projeto prevê a instalação de sinalizações, construção de mirantes e trilhas seguras, controle de acesso e atividades com guias especializados. A meta é incluir a Lagoa Azul no calendário turístico oficial da cidade, junto com outros atrativos da zona rural de Tanguá.
Segundo o prefeito Rodrigo Medeiros, a iniciativa visa proteger o patrimônio natural e garantir que o público possa aproveitar o local de forma segura e organizada.
— A Lagoa Azul é uma preciosidade de Tanguá. Nosso compromisso é transformá-la em um atrativo seguro, regulamentado e aberto à população, afirmou o prefeito em vídeo divulgado nas redes sociais da Prefeitura.
Vídeo institucional
A Prefeitura de Tanguá produziu um vídeo institucional apresentando a Lagoa Azul e os planos para o futuro da área. O conteúdo está disponível no perfil oficial da gestão municipal.
Assista ao vídeo completo:
www.instagram.com/reel/C7muJvgtBRI
Dicas para visitar com segurança:
- Não entre na água, mesmo em dias de calor intenso
- Utilize roupas leves, protetor solar e calçados firmes
- Leve água e evite a visita em dias chuvosos ou após chuvas
- Aguarde a abertura oficial com estrutura adequada e orientação técnica












