Justiça do Rio de Janeiro autoriza prisão preventiva do rapper Oruam
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decretou a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido artisticamente como Oruam. A decisão foi
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decretou a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido artisticamente como Oruam. A decisão foi tomada na madrugada desta terça-feira (22), após uma operação policial que resultou em confronto e acusações contra o artista.
De acordo com a polícia, Oruam e um grupo de amigos teriam impedido a ação de agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que cumpriam um mandado de apreensão contra um adolescente suspeito de integrar o crime organizado e de atuar como segurança de um dos chefes do Comando Vermelho (CV), no Conjunto de Favelas da Penha. A abordagem ocorreu em frente à residência do cantor, localizada no Joá, zona oeste da capital fluminense.
Segundo os investigadores, a equipe da DRE utilizava uma viatura descaracterizada e monitorava o suspeito, que foi abordado ao sair da casa de Oruam. A ação teria sido interrompida com gritos, ameaças e pedras lançadas contra os agentes, comportamento registrado em vídeos publicados pelo próprio rapper em suas redes sociais.
Durante o tumulto, um dos envolvidos correu para dentro do imóvel, o que levou os policiais a entrarem na residência para realizar a prisão. Um dos homens foi detido em flagrante pelos crimes de desacato, resistência, lesão corporal, ameaça, associação ao tráfico e dano ao patrimônio.
Oruam e os demais envolvidos fugiram do local, mas o cantor voltou a se manifestar nas redes sociais, alegando que a operação seria uma tentativa ilegal de prendê-lo. Em tom desafiador, afirmou ter se deslocado para o Complexo da Penha e questionou a legitimidade da ação: "Quero ver virem me buscar aqui dentro do Complexo", publicou.
A juíza responsável pelo plantão judiciário do TJRJ considerou que havia indícios suficientes da participação do rapper nos delitos e justificou a prisão como necessária para preservar a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal. O processo tramita sob o número 0073732-35.2025.8.19.0001.
Oruam é filho de Marcinho VP, um dos fundadores do Comando Vermelho, atualmente detido em regime fechado. A Agência Brasil tentou contato com a defesa do artista, mas ainda não obteve retorno.
Antecedente recente
Esta não foi a primeira vez que o nome de Oruam esteve envolvido em operações policiais. Em fevereiro deste ano, ele foi conduzido à delegacia durante uma ação também da DRE em sua casa, no mesmo endereço do episódio recente. Na ocasião, os agentes buscavam cumprir mandados contra suspeitos de envolvimento com disparos de arma de fogo em um condomínio de São Paulo, e encontraram na residência um foragido da Justiça por organização criminosa.
O rapper foi autuado por favorecimento pessoal, mas liberado horas depois. Após o ocorrido, afirmou que desconhecia o mandado contra o indivíduo que abrigava em sua casa.












