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Governo anuncia reajuste para R$ 1.412 a partir de 2024

Medida atinge 7% de aumento e incorpora novas diretrizes de reajuste para os próximos anos

Atualizado em 27/12/2023 às 11:12, por RL em Foco.

Nesta quarta-feira (27), o Governo Federal publicou o decreto presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva que atualiza o valor do salário mínimo nacional, estabelecendo-o em R$ 1.412 a partir de janeiro de 2024. O reajuste de 7%, sancionado em edição extraordinária do "Diário Oficial da União", representa um acréscimo significativo em relação ao valor atual de R$ 1.320.

O anúncio do novo valor já previsto no Orçamento de 2024 e antecipado pelo g1, foi confirmado pelo Palácio do Planalto antes do recesso de fim de ano do presidente Lula.

O novo salário mínimo passará a vigorar a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano, impactando diretamente todos os beneficiários vinculados a essa referência, como os recebedores do seguro-desemprego e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), os quais receberão o valor reajustado já no início de fevereiro.

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A legislação que baliza o salário mínimo estabelece que seu reajuste deve, no mínimo, compensar a inflação, mantendo o chamado "poder de compra". Em governos anteriores, o ajuste do salário mínimo seguiu estritamente essa diretriz, sem acréscimos reais.

Contudo, a atual gestão comprometeu-se durante a campanha eleitoral a adotar uma política de valorização do salário mínimo, estabelecendo aumentos além da inflação.

O cálculo para o novo valor considera não apenas a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registrou 3,85% nos últimos 12 meses até novembro, mas também a expansão real do Produto Interno Bruto (PIB) dos anos anteriores. A medida prevê um aumento de 3%, refletindo o crescimento econômico de 2022.

A elevação do salário mínimo não apenas beneficia diretamente os trabalhadores, mas também impacta positivamente a economia do país. O governo projeta que o incremento, somado à redução dos juros básicos da economia, impulsionará a demanda interna e colaborará para o crescimento do Produto Interno Bruto, estimado em 2,5% pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para 2024.

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Essa valorização do salário mínimo, porém, gera impactos financeiros ao governo, já que os benefícios previdenciários não podem ser inferiores ao valor do mínimo. Estima-se que cada R$ 1 de aumento resulte em um acréscimo de despesas públicas de aproximadamente R$ 389 milhões em 2024.

Inicialmente, o governo previra um salário mínimo ainda maior, de R$ 1.421 para 2024, considerando uma projeção inflacionária mais elevada que, no entanto, não se concretizou.

Esse aumento expressivo do salário mínimo é um dos fatores que impulsiona as despesas governamentais, limitando os recursos disponíveis para investimentos em infraestrutura e outros gastos não obrigatórios.