EUA abandonam a Unesco: Relembre as polêmicas e impactos!
Decisão de Trump é revivida e expõe tensões na política global e seus efeitos.
Em mais um movimento que reforça o perfil oscilante da diplomacia americana, os Estados Unidos decidiram novamente se retirar da Unesco — a agência da Organização das Nações Unidas voltada para educação, ciência e cultura. A decisão reacende um antigo ciclo de afastamentos e reaproximações do país com organismos internacionais, agora sob nova justificativa política.
Esta não é a primeira vez que Washington corta laços com a Unesco. Durante o governo de Donald Trump, entre 2017 e 2021, os EUA também abandonaram a organização, alegando parcialidade e má gestão. Agora, a nova retirada levanta preocupações sobre o futuro da cooperação internacional em temas cruciais como patrimônio cultural, acesso à educação e liberdade científica.
Histórico de distanciamentos
A relação conturbada dos Estados Unidos com organismos multilaterais não é novidade. Em 1984, sob a presidência de Ronald Reagan, o país também se retirou da Unesco, só retornando quase duas décadas depois, em 2003, durante o governo George W. Bush. Ao longo dos anos, outros episódios semelhantes ocorreram, como o afastamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Analistas políticos apontam que essas retiradas geralmente coincidem com governos de perfil mais nacionalista, que veem com desconfiança a atuação de organismos supranacionais. Em muitos casos, a saída tem mais peso simbólico do que prático, sendo usada como estratégia de sinalização política interna.
Impactos globais
A nova decisão de deixar a Unesco ocorre em um momento delicado para a diplomacia internacional, que enfrenta desafios como guerras regionais, desinformação e o enfraquecimento de instituições multilaterais. A ausência dos EUA, um dos principais financiadores da agência, pode comprometer projetos voltados para a preservação do patrimônio mundial, alfabetização em países vulneráveis e promoção da liberdade de imprensa.
Além disso, o afastamento pode abrir espaço para que outras potências influenciem mais diretamente os rumos da Unesco, redesenhando os eixos de poder dentro da organização. Há também o risco de que outros países sigam o exemplo norte-americano, aprofundando ainda mais as divisões na arena internacional.
O que está por vir
Ainda não está claro se a decisão será definitiva ou se, como em outros episódios, haverá uma reaproximação futura, dependendo da troca de comando na Casa Branca. Enquanto isso, a comunidade internacional observa com apreensão os desdobramentos desse novo episódio de afastamento diplomático dos EUA.
A Unesco, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a retirada americana, mas a expectativa é de que a organização reforce seus compromissos com os demais membros e busque alternativas para manter seus projetos em andamento.












