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Dólar dispara e fecha em R$ 5,85 em meio a temores sobre guerra comercial nos EUA; Ibovespa recua

A segunda-feira (10) foi marcada pela forte alta do dólar, que encerrou o dia cotado a R$ 5,8515, com um avanço de 1,06%. A valorização da moeda norte-americana ocorreu em meio às preocupações do mercado sobre o impacto da política tarifária dos Estados Unidos. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, recuou 0,41%, fechando aos 124.

Atualizado em 10/03/2025 às 19:03, por RL em Foco.

A segunda-feira (10) foi marcada pela forte alta do dólar, que encerrou o dia cotado a R$ 5,8515, com um avanço de 1,06%. A valorização da moeda norte-americana ocorreu em meio às preocupações do mercado sobre o impacto da política tarifária dos Estados Unidos. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, recuou 0,41%, fechando aos 124.519 pontos.

Os mercados globais reagiram a declarações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicou a possibilidade de uma recessão durante o "período transitório" de suas políticas comerciais. Em entrevista à Fox News no domingo (9), Trump afirmou que não descarta um aumento de preços decorrente das novas tarifas, mas minimizou as incertezas econômicas.

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O receio dos investidores é que a imposição de tarifas sobre produtos importados leve a uma elevação dos preços nos EUA, o que poderia forçar o Federal Reserve (Fed) a aumentar os juros para conter a inflação. Essa medida tende a impactar o consumo e desacelerar a economia, aumentando os riscos de uma recessão prolongada.

O dólar operou em alta durante todo o pregão, atingindo a máxima de R$ 5,8710. No acumulado da semana, a moeda americana subiu 1,06%, mas apresenta uma queda de 1,09% no mês e desvalorização de 5,31% no ano.

O Ibovespa, por sua vez, caiu 0,41%, refletindo a cautela dos investidores diante da volatilidade externa. Apesar do recuo, o índice ainda acumula alta de 1,40% no mês e ganho de 3,52% no ano.

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As idas e vindas da política tarifária de Trump têm causado grande instabilidade nos mercados. Na semana passada, o presidente norte-americano revogou temporariamente a tarifa de 25% sobre importações do Canadá e do México, após pressão desses países por medidas retaliatórias. O impasse também se estende à União Europeia, que busca evitar um conflito comercial com os EUA, mas enfrenta resistência do governo Trump em avançar nas negociações.

Nos Estados Unidos, o indicador de expectativas de inflação do Fed de Nova York apontou um aumento nas preocupações econômicas. A projeção de inflação para um ano subiu para 3,1%, enquanto para três e cinco anos permaneceu em 3%, acima da meta do Fed de 2%.

No Brasil, o mercado acompanha de perto a divulgação de indicadores econômicos importantes, como os dados de produção industrial e do setor de serviços de janeiro, além da inflação de fevereiro. O relatório Focus do Banco Central elevou a projeção da inflação para 2025 de 5,65% para 5,68%, reforçando preocupações com o descumprimento da meta de 4,5%.

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Além disso, o governo federal anunciou novas medidas para reduzir os preços dos alimentos, incluindo a isenção de tarifas de importação para itens como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva. No entanto, especialistas alertam para o impacto fiscal dessas medidas, com uma previsão de perda de arrecadação de até R$ 1 bilhão por ano.

Em declaração recente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo está atento à inflação dos alimentos e que não descarta a adoção de medidas adicionais para conter a alta dos preços.

Diante desse cenário de incerteza global e desafios internos, os mercados seguem voláteis, com os investidores atentos às decisões do governo brasileiro e às novas movimentações da política comercial dos Estados Unidos.