Conhecida como um dos destinos mais procurados da Região dos Lagos, Cabo Frio viverá uma virada de ano atípica em 2025. A tradicional festa de Réveillon na Praia do Forte, que inclui queima de fogos e shows, foi cancelada pela Prefeitura, em decisão anunciada pela prefeita Magdala Furtado (PV). A medida gerou surpresa e frustração entre moradores e turistas, que aguardavam mais uma celebração emblemática no município.

O cancelamento ocorreu em um cenário político conturbado, após a derrota da prefeita nas eleições municipais de outubro para Dr. Serginho (PL). Apesar de os preparativos já estarem em andamento, com licitações abertas para serviços como a instalação de balsas para a queima de fogos, a transição de governo interrompeu os processos e inviabilizou a realização do evento.

A emblemática Praia do Forte, que anualmente atrai milhares de pessoas para uma das maiores festas de Réveillon do estado, ficará sem qualquer programação oficial. Não haverá fogos, shows ou celebrações públicas, transformando a virada de 2025 em uma ocasião silenciosa na cidade.

Cabo Frio será a única entre as dez cidades da Região dos Lagos a não realizar festividades de Réveillon. Municípios vizinhos como Arraial do Cabo, Búzios, São Pedro da Aldeia e Saquarema confirmaram suas programações com queimas de fogos e apresentações musicais. O contraste coloca Cabo Frio em uma posição isolada na região, tradicionalmente movimentada durante a virada do ano.

A ausência do Réveillon deve impactar diretamente o turismo local, uma das principais fontes de receita da cidade. O evento na Praia do Forte sempre foi um grande atrativo para visitantes, gerando renda para hotéis, restaurantes e comércios. Com o cancelamento, muitos turistas podem optar por celebrar em cidades vizinhas, diminuindo o fluxo econômico em Cabo Frio durante o período de alta temporada.

Enquanto isso, os turistas que já planejaram passar o Ano Novo na cidade buscam alternativas em festas privadas ou nas comemorações de municípios próximos, que prometem manter a tradição de recepcionar 2025 com entusiasmo.

A decisão marca um ponto de inflexão para Cabo Frio e levanta questionamentos sobre os impactos políticos e administrativos no futuro da gestão municipal e no turismo local.