Abono de R$ 3 Mil x Fome em Saquarema: Contradições da Política Local
Abono de R$ 3 Mil x Fome em Saquarema: Contradições da Política LocalO mais recente capítulo dessa novela se deu com o anúncio de um abono natalino de R$ 3 mil para os.
Abono de R$ 3 Mil x Fome em Saquarema: Contradições da Política Local
O mais recente capítulo dessa novela se deu com o anúncio de um abono natalino de R$ 3 mil para os servidores municipais — ativos, inativos, efetivos, comissionados, contratados e conselheiros tutelares. À primeira vista, um gesto generoso. Porém, ao analisarmos o contexto, percebemos que a bondade da prefeita Manoela Ramos de Souza Gomes Alves, de naturalidade araruamense — (sob as bênçãos do ex-prefeito e parceiro político Antônio Peres Alves, também araruamense, envolvido em escândalos passados) — não contempla a sociedade na totalidade.
Enquanto os servidores celebram esse abono, muitas famílias cadastradas no CadÚnico, que deveriam ser beneficiadas pela Moeda Social Saquá, ainda aguardam uma ajuda que não chega. Essas famílias, esquecidas pelo poder público, dependem de ações solidárias de igrejas, ONGs e outras entidades para não passarem fome. É uma contradição gritante: o dinheiro público flui com facilidade para agradar uma base política privilegiada, mas emperra quando deveria alcançar quem mais precisa.
E não para por aí. Em um cenário onde a cidade conta com dois deputados estaduais em exercício, Pedro Ricardo e Franciane Motta, a ausência de posicionamento ou ação é ainda mais estarrecedora. Ambos, representantes diretos de Saquarema na Assembleia Legislativa, parecem inertes diante de tanta aberração, fechando os olhos para os desmandos e priorizando o silêncio conveniente, que ecoa como cumplicidade.










