O publicitário Washington Olivetto, um dos maiores nomes da propaganda brasileira, faleceu neste domingo (13), aos 73 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado há cinco meses devido a complicações pulmonares, que culminaram em uma falência múltipla dos órgãos. Olivetto foi responsável por criar campanhas que marcaram gerações, incluindo o famoso Garoto Bombril, interpretado por Carlos Moreno, que se tornou um ícone da publicidade nacional.
Além de sua brilhante carreira no mercado publicitário, Olivetto também deixou sua marca no futebol, como torcedor apaixonado do Corinthians. Ele foi um dos idealizadores e participantes da Democracia Corinthiana, movimento nos anos 1980 que revolucionou a gestão do time e se tornou um marco na história do esporte brasileiro.
Carreira e legado
Washington Olivetto começou sua trajetória em grandes agências e mais tarde fundou a W/Brasil, que se tornou um dos principais pilares da propaganda criativa no Brasil. Sua capacidade de criar slogans inesquecíveis e personagens carismáticos, como o Garoto Bombril, contribuiu para elevar o patamar da publicidade no país.
Ele também foi agraciado com vários prêmios internacionais e consolidou seu nome como um dos publicitários mais premiados do mundo. Entre outras campanhas de sucesso, Olivetto assinou trabalhos para marcas como McDonald's, Volkswagen, Dolly e TAM.
Olivetto continuou influente mesmo após sua mudança para Londres, em 2017, onde abriu novas fronteiras para sua atuação no mercado internacional. Sua visão inovadora e estratégias disruptivas fizeram dele um ponto de referência não apenas no Brasil, mas globalmente.
Contribuições além da publicidade
A paixão de Olivetto pelo Corinthians também marcou sua vida fora dos escritórios de propaganda. Como vice-presidente de marketing do clube, ele ajudou a implementar iniciativas que solidificaram a presença do time na mídia e junto à sua fanática torcida. O movimento Democracia Corinthiana, liderado por jogadores como Sócrates e Casagrande, foi uma iniciativa apoiada por Olivetto que valorizava a participação democrática dos atletas nas decisões do time, algo incomum na época.
Seu falecimento deixa uma lacuna no mundo da publicidade e do marketing, onde sua genialidade e capacidade criativa continuam a inspirar profissionais de diferentes gerações.