A Polícia Federal (PF) está atualmente à frente de 50.663 inquéritos em diversas regiões do Brasil. Entre os principais crimes sob investigação estão estelionato, com 7,3 mil casos, omissão de socorro (3,3 mil) e falsidade ideológica (3 mil). Outros crimes frequentemente investigados pela PF incluem descaminho, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, contrabando, peculato, moeda falsa e falsificação de documento público.
Esses dados foram revelados através do novo painel de Business Intelligence (BI), lançado pela Polícia Federal nesta segunda-feira (22), disponível no Portal de Dados Abertos. A ferramenta oferece uma visão detalhada e dinâmica dos inquéritos em andamento, com atualizações diárias e informações organizadas por tipo de crime, origem da comunicação, unidades da PF e estados.
Segundo a PF, o BI reforça o compromisso da instituição com a transparência, eficiência e prestação de contas à sociedade, mantendo as devidas cautelas para preservar o sigilo das investigações em curso. A direção da PF, atualmente sob o comando do delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, acredita que essa iniciativa fortalece a democracia e o Estado de Direito.
Dos mais de 50 mil inquéritos, 46,8 mil foram abertos por meio de portaria, enquanto 3,7 mil foram instaurados em situações de flagrante. Na tarde desta segunda-feira (22), havia três situações de flagrante em andamento nos estados do Paraná (2) e Santa Catarina (1).
As superintendências da PF com o maior número de inquéritos em tramitação estão na região sudeste: São Paulo (5,5 mil), Rio de Janeiro (3,3 mil) e Minas Gerais (1,6 mil). O painel também detalha a origem das comunicações dos inquéritos, que incluem segmentos da Justiça, Receita Federal, Forças Armadas e representações estrangeiras.
Do total de investigações, 18,7 mil foram abertas após comunicação do Ministério Público Federal. Há também cinco inquéritos solicitados pela Presidência da República, investigando crimes como violação de segredo profissional, invasão de dispositivo informático, injúria, estelionato e falsa identidade. A pedido do Congresso, foram instauradas 18 investigações envolvendo crimes de ameaça, peculato, corrupção passiva e fraude a licitação.
Além disso, a PF mantém 135 inquéritos com base em comunicações de tribunais superiores, com destaque para o Rio de Janeiro, onde tramitam 31 casos relacionados a corrupção passiva.
Através da implementação do painel de Business Intelligence, a Polícia Federal demonstra um compromisso contínuo com a transparência e a eficiência no combate ao crime, proporcionando à sociedade uma ferramenta moderna para o acompanhamento das investigações e reforçando os princípios democráticos e do Estado de Direito no Brasil.