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Tragédia

Ataque a tiros em bar de Rio Bonito deixa um morto e cinco feridos; polícia investiga motivação ligada a milícia e tráfico


Imagens da internet

Um ataque a tiros em um bar movimentado de Rio Bonito, na madrugada deste sábado (26), resultou na morte de Jonathan Silva Cardoso, conhecido como "Joaninha", de 31 anos, e deixou outras cinco pessoas feridas. O incidente ocorreu na Avenida 7 de Maio, no centro da cidade, gerando pânico e correria entre clientes que estavam no local.

Imagens das redes sociais mostram o bar Miti Miti Steakhouse lotado e com várias pessoas na calçada quando os criminosos chegaram atirando. Durante o ataque, dois homens desceram de uma picape armados com fuzis, disparando em direção ao público e à fachada do estabelecimento. Em seguida, um dos homens se aproxima do corpo de Jonathan caído no chão, aparentemente pegando uma arma que ele portava. Antes de fugirem, os criminosos ainda atropelaram Jonathan e dispararam contra ele novamente.

Além de Jonathan, outras cinco pessoas foram atingidas. Quatro delas receberam atendimento hospitalar e foram liberadas, enquanto uma quinta vítima, identificada como Aliomar Guimarães Leite, de 73 anos, segue internada em estado grave após passar por uma cirurgia no Hospital Regional Darcy Vargas, em Rio Bonito. Entre os feridos também está Carla Verônica Campos, de 47 anos, que sofreu lesões na cabeça e no braço devido a estilhaços.

O Corpo de Bombeiros foi acionado pouco depois da meia-noite para o local, mas Jonathan já estava sem vida quando a equipe chegou. Seu corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Araruama.

Jonathan, que possuía uma longa ficha criminal, havia sido preso em 2019 sob acusações que incluíam homicídios, extorsão e participação em uma organização criminosa. Segundo a polícia, ele era suspeito de integrar uma milícia atuante em Itaboraí. Após ser libertado em março deste ano, Jonathan teria se mudado para Rio Bonito, onde residia há cerca de três meses, após relatos de ameaças de traficantes de Itaboraí, região onde ele anteriormente atuava.

De acordo com o delegado Alexandre Netto, da 119ª DP de Rio Bonito, as investigações sugerem que o ataque pode estar ligado a disputas territoriais entre milícias e facções de tráfico de drogas em Itaboraí. Há indícios de que um ex-comparsa de Jonathan também teria sido alvo de um atentado recentemente, aumentando as suspeitas de uma ligação entre os incidentes.

O caso mobilizou as forças policiais, que já ouviram depoimentos de oito testemunhas e coletaram imagens de nove câmeras de segurança da área. O delegado Netto revelou que as primeiras análises indicam a participação de pelo menos seis suspeitos, distribuídos em três veículos: uma caminhonete Hilux, outro automóvel e uma motocicleta. A Polícia Civil agora trabalha para identificar os envolvidos e os veículos utilizados no ataque.

A Polícia Militar, por sua vez, informou que foi acionada para o local por meio de ligações de populares. Em nota, a corporação declarou que agentes do 35º BPM (Itaboraí) também estão apoiando as diligências para esclarecer a autoria e as motivações do crime.

Com o histórico de violência e as possíveis conexões com facções criminosas, o caso tem gerado grande repercussão e reforça a tensão na região dos Lagos, onde disputas de território entre milícias e traficantes vêm se intensificando nos últimos anos. A polícia segue com as investigações, e novas informações devem ser reveladas à medida que as análises de câmeras e depoimentos avancem.

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