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Hugo Motta

Lula e Lira caminham para acordo em torno de Hugo Motta na presidência da Câmara


Imagens da internet

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) está se consolidando como o nome mais cotado para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. Segundo fontes do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está próximo de formalizar a indicação de Motta, após intensas negociações com Lira. O anúncio oficial deve ser feito nos próximos dias, mas ainda há pendências a serem resolvidas, incluindo a distribuição de duas vagas para ministros no Tribunal de Contas da União (TCU).

As articulações entre Lula e Lira têm se concentrado na busca por um consenso em torno do perfil de Hugo Motta, que é visto como uma escolha capaz de apaziguar as diversas correntes políticas dentro da Câmara. No entanto, o processo ainda exige a negociação com outros deputados que também almejam o cargo e com os líderes partidários que apoiam suas candidaturas.

Entre os nomes que surgiram como potenciais sucessores de Lira estavam Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Antônio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP). Nascimento, líder do União Brasil, tem o apoio de Lira, mas enfrenta resistência entre os parlamentares de menor expressão, conhecidos como "baixo clero". Brito, por sua vez, é bem aceito tanto pelo governo quanto pela oposição, mas não conseguiu se firmar como o favorito nem de Lula nem de Lira. Pereira, atual vice-presidente da Câmara, acabou sendo descartado após veto do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que inviabilizou sua candidatura devido à falta de apoio do PL.

Hugo Motta, líder do Republicanos, emergiu como uma solução viável, especialmente após Marcos Pereira ceder sua candidatura. Motta, que está em seu terceiro mandato, tem boa relação tanto com os líderes governistas quanto com as lideranças da oposição. Sua proximidade com a Igreja Universal e a gestão do Ministério dos Esportes, sob a liderança de Silvio Costa Filho, também são fatores que contribuem para sua aceitação.

O grande desafio agora é persuadir Elmar Nascimento e Antônio Brito a retirarem suas candidaturas, evitando assim uma disputa interna acirrada e uma votação no plenário. Para isso, duas vagas no TCU, que serão abertas em breve, estão sendo usadas como moeda de troca para acomodar os interesses dos parlamentares insatisfeitos. Uma das vagas será aberta com a aposentadoria do ministro Aroldo Cedraz em 2026, e a outra pode surgir caso Augusto Nardes decida antecipar sua aposentadoria.

Apesar das negociações avançadas, Gilberto Kassab, presidente do PSD, já deixou claro que não pretende abrir mão da candidatura de Antônio Brito, que liderou uma pesquisa interna de intenção de votos entre os deputados. A resistência de Kassab e de Brito complica o cenário e adiciona uma camada extra de complexidade às negociações.

A indicação de Hugo Motta para a presidência da Câmara representa não apenas um acordo político entre o Executivo e o Legislativo, mas também uma tentativa de estabilizar o cenário político em um momento de desafios econômicos e sociais. Se as negociações forem bem-sucedidas, Lula e Lira conseguirão garantir uma transição suave na liderança da Câmara, consolidando o apoio necessário para a agenda do governo.

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