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Niterói perde o jornalista Jourdan Amóra, ícone da imprensa fluminense

Diretor do jornal A Tribuna faleceu aos 87 anos; prefeitura de Niterói decreta três dias de luto em homenagem ao jornalista, símbolo de independência e ética na imprensa

Atualizado em 20/10/2025 às 13:10, por Dinho Cardoso.

Reprodução da Internet

Jourdan Amora

O jornalismo de Niterói e do estado do Rio de Janeiro está de luto. O jornalista Jourdan Amóra, diretor do tradicional jornal A Tribuna, faleceu neste domingo (19), aos 87 anos, no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), onde estava internado há cerca de duas semanas. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.

Em reconhecimento à sua carreira, a Prefeitura de Niterói decretou luto oficial de três dias, ressaltando a importância do jornalista para a cidade e a imprensa local.

Uma vida dedicada ao jornalismo

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Nascido em Araçuaí (MG) e criado em Niterói, Jourdan Norton Wellington de Barros Amóra começou sua carreira nos anos 1950, colaborando com jornais como A Palavra, Diário do Povo e Diário do Comércio, além de sucursais fluminenses de veículos nacionais como Última Hora, Diário Carioca e Jornal do Brasil.

Em 1965, assumiu a direção e posteriormente adquiriu A Tribuna, modernizando o jornal, ampliando sua circulação e formando gerações de profissionais. Sob seu comando, o veículo se consolidou como um dos mais respeitados e influentes do estado.

O prefeito Rodrigo Neves lamentou a perda:

“É com muita tristeza que nos despedimos do meu amigo e grande jornalista Jourdan Amóra. Apaixonado pela verdade e inquieto por natureza, ele transformou o ato de informar em resistência e amor profundo por Niterói. Fez de A Tribuna um símbolo de independência e credibilidade.”

Legado que atravessa gerações

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Além de dirigir A Tribuna, Jourdan Amóra foi pioneiro em inovações editoriais e gráficas, lançando o Jornal de Icaraí, o primeiro periódico gratuito distribuído porta a porta na cidade, e criando publicações como a revista Tela e o semanário A Tribuna de São Gonçalo. Ele também foi um dos primeiros a implantar sistemas gráficos modernos no interior do estado.

Com uma carreira marcada pela independência, ética e compromisso com a verdade, Jourdan deixa um legado de liberdade de imprensa e amor por Niterói, sendo lembrado como um dos grandes protagonistas da história da imprensa fluminense.