O policial militar Davi da Silva Palhares, de 38 anos, que concorre ao cargo de vereador em Itaboraí pelo partido Podemos, foi baleado na tarde desta sexta-feira (6) no bairro Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Mesmo ferido, Palhares dirigiu até o Hospital Estadual Alberto Torres, onde pediu socorro. Segundo a equipe médica, seu estado de saúde é estável.
A Polícia Militar informou que o incidente ocorreu próximo ao hospital e que a ocorrência ainda está sendo investigada. Palhares foi atingido no tórax, mas conseguiu chegar ao hospital por conta própria, surpreendendo os profissionais de saúde pela rapidez com que buscou atendimento.
Em suas redes sociais, o candidato vinha se posicionando de forma firme contra a criminalidade. Em sua última postagem no Instagram, ele afirmou que não "passaria a mão na cabeça de vagabundo" e que estava comprometido a "lutar pelas pessoas de bem". O vídeo foi gravado em uma comunidade de Itaboraí, onde Palhares denunciava as barricadas montadas por traficantes, afirmando que essas estruturas estavam impedindo o livre trânsito dos moradores.
A corporação divulgou uma nota oficial sobre o caso, afirmando que, segundo informações preliminares do 7º BPM (São Gonçalo), o policial foi baleado nas proximidades do hospital. O caso está sob investigação, e os detalhes ainda estão sendo apurados pelas autoridades.
O ataque a Davi da Silva Palhares ocorre poucos dias após a morte de Welinton de Aguiar Mendonça, também candidato a vereador, mas pela cidade vizinha de Tanguá. Conhecido como Welinton do Uber, ele foi encontrado morto a tiros dentro de seu carro no bairro Bandeirantes 2, na última segunda-feira (2). A Polícia Militar foi acionada para investigar o crime, que está sendo tratado como execução, já que não houve roubo de pertences.
Welinton, de 40 anos, estava em sua terceira tentativa de eleger-se vereador. Em campanhas anteriores, ele havia concorrido pelo PRTB e Avante, mas não conseguiu se eleger, ficando como suplente.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí está à frente das investigações e segue ouvindo testemunhas e analisando imagens de câmeras de segurança da região para identificar os responsáveis e esclarecer a motivação do crime.
Apesar de a investigação ainda estar em curso, a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) foi descartada pelas autoridades, aumentando as suspeitas de que o assassinato de Welinton tenha sido premeditado, talvez motivado por razões políticas.
A violência recente contra candidatos na região Metropolitana do Rio de Janeiro levanta preocupações sobre a segurança nas campanhas eleitorais, especialmente em áreas com histórico de criminalidade. Os casos de Palhares e Welinton, embora em circunstâncias diferentes, destacam os riscos enfrentados por figuras públicas e políticos em meio a um cenário de crescente instabilidade.
As autoridades seguem investigando ambos os casos, enquanto a população local e as famílias das vítimas clamam por justiça.