O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu o indeferimento do registro de candidatura de Luiz Fernando Pezão (MDB) à prefeitura de Piraí, no Rio de Janeiro. O ex-governador enfrenta um obstáculo jurídico significativo após a 30ª Promotoria Eleitoral afirmar que ele teve seus direitos políticos suspensos devido a uma condenação por improbidade administrativa, transitada em julgado em 2022.
Segundo a promotoria, Pezão está inelegível até fevereiro de 2027, o que o impede de concorrer a cargos públicos durante esse período. A condenação por improbidade, que já foi confirmada em instâncias superiores, é o principal argumento utilizado pelo MPE para solicitar o indeferimento do registro de sua candidatura.
A equipe de Luiz Fernando Pezão, no entanto, mantém uma postura de confiança. Em nota, a defesa do ex-governador afirmou que a Justiça continua analisando os recursos apresentados, e que aguardam com tranquilidade a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). A defesa também destacou que Pezão obteve resultados favoráveis em processos de natureza semelhante, com algumas sentenças sendo anuladas, sustentando a esperança de que sua candidatura seja confirmada pela Justiça Eleitoral.
Até o momento, não houve uma atualização definitiva sobre a decisão do TJRJ, mas a expectativa é de que o julgamento dos recursos apresentados pela defesa de Pezão ocorra nos próximos dias, dado o calendário eleitoral apertado. A situação do ex-governador está sendo acompanhada de perto, tanto pelos seus apoiadores quanto pelos adversários políticos, em um contexto que pode definir os rumos da eleição municipal em Piraí.
Além disso, a notícia despertou atenção em nível estadual, dada a relevância política de Pezão, que governou o Rio de Janeiro de 2014 a 2018. O caso também reforça o crescente uso de mecanismos jurídicos para barrar candidaturas, um tema que tem ganhado destaque nas últimas eleições, especialmente em cenários de intensa polarização política.
Fontes próximas ao caso indicam que, se o TJRJ mantiver a inelegibilidade de Pezão, o MDB poderá buscar alternativas de candidatura dentro do prazo eleitoral permitido, mas até o momento não há indicações de quem poderia substituir o ex-governador na disputa.