Niterói se despede de Ronaldo Fabrício, primeiro prefeito após a fusão dos estados do Rio e da Guanabara

Na madrugada desta quinta-feira (1º), Niterói perdeu Ronaldo Fabrício, o primeiro prefeito da cidade após a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara. Fabrício, que governou Niterói de 1975 a 1977, faleceu aos 90 anos por causas naturais, conforme confirmado por sua família.

O funeral de Fabrício será realizado na manhã desta sexta-feira (2), no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro. Ronaldo Fabrício foi uma figura chave na transição de Niterói de capital do antigo estado da Guanabara para sua nova configuração administrativa.

Após encerrar seu mandato em 1977, Fabrício decidiu se afastar da vida política e retornou à sua formação em engenharia nuclear. Durante sua carreira, ele presidiu a Eletronuclear, onde supervisionou a conclusão da usina Angra II, e também esteve à frente de Furnas. Até 2016, atuou como vice-presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), deixando um legado significativo no setor energético do país.

Em homenagem a Fabrício, o atual prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT), anunciou luto oficial de três dias. "Recebi com tristeza a notícia da morte do ex-prefeito de Niterói, Ronaldo Fabrício, na madrugada desta quinta-feira. Ronaldo teve o desafio de conduzir Niterói entre 1975 e 1977, logo após a fusão com o estado da Guanabara," declarou Grael em suas redes sociais.

O também ex-prefeito de Niterói e candidato, Rodrigo Neves (PDT), expressou seu pesar pela perda e relembrou a importância das contribuições de Fabrício. "É com pesar que soube do falecimento de Ronaldo Fabrício, ex-prefeito de Niterói, aos 90 anos. Ele foi nomeado prefeito (1975-1977) de nossa cidade após a fusão entre os estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, em 1975. Engenheiro, foi presidente de Furnas e da Eletronuclear. Uma das principais ações à frente da Prefeitura foi iniciar a obra do túnel ligando São Francisco a Icaraí. Minhas condolências à família e amigos."

A cidade de Niterói se despede de um líder que, além de seu papel político, deixou uma marca indelével na infraestrutura e no setor energético do Brasil.