A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que vai recorrer, ainda nesta terça-feira (30), da decisão judicial que suspendeu o leilão do terreno do Gasômetro. O leilão, originalmente marcado para quarta-feira (31), é crucial para os planos do Flamengo de construir seu novo estádio no local.
O prefeito Eduardo Paes confirmou a informação, afirmando que o objetivo é garantir que o leilão ocorra conforme programado. O recurso será direcionado ao presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), desembargador Guilherme Calmon Nogueira da Gama.
O terreno, anteriormente pertencente à Caixa Econômica Federal, foi desapropriado com a intenção de abrigar o novo estádio do Flamengo. Na última segunda-feira (29), o conselho deliberativo do clube aprovou a participação do Flamengo no leilão, com um lance mínimo estabelecido em pouco mais de R$ 138 milhões.
A suspensão do leilão foi determinada pelo juiz Marcelo Barbi Gonçalves, que anulou o decreto de desapropriação do terreno e o edital do leilão. A decisão foi resultado de uma ação popular que questionava a legalidade do processo.
Em atualização às 22h50, foi informado que o recurso da Prefeitura já foi protocolado no gabinete do presidente do TRF-2 às 21h59 desta terça-feira. A administração municipal espera reverter a decisão e permitir que o leilão aconteça na data prevista.
A construção do novo estádio é um projeto estratégico para o Flamengo, que busca maior independência financeira e infraestrutura própria para suas partidas. A suspensão do leilão representa um obstáculo significativo para esses planos, aumentando a expectativa em torno da decisão do Tribunal.
A batalha judicial em torno do terreno do Gasômetro destaca a complexidade dos processos de desapropriação e leilão de bens públicos, especialmente quando envolvem projetos de grande interesse público e esportivo. A decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região será crucial para determinar os próximos passos do Flamengo e da Prefeitura do Rio de Janeiro.