Bolsonaro critica governo Lula por aumento de queimadas na Mata Atlântica

Por RL em Foco em 25/06/2024 às 12:24:59
Imagens da internet

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou duras críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira, destacando a falta de cobranças em relação ao aumento significativo das queimadas na Mata Atlântica. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que o bioma registrou 3,7 mil focos de incêndio neste ano, uma alta de 47% em comparação a 2023.

Bolsonaro comparou a situação atual com os primeiros anos de seu mandato, quando a Mata Atlântica também enfrentou elevados índices de queimadas: mais de 2,9 mil focos em 2019 e cerca de 4 mil em 2020. Nos anos subsequentes, os números caíram para 3,6 mil e 2,3 mil, respectivamente.

"Pelo jeito os 'doutô' e os eCUlogistas só vão exigir providências e explicações aos CUmpanheitos quando a floresta virar pó e então vão cheirá-la toda, o que não está longe de acontecer", escreveu Bolsonaro na rede social X, destacando a aparente leniência dos críticos ambientais em relação ao governo atual.

Além da situação na Mata Atlântica, o Pantanal também enfrenta uma grave crise de incêndios, com 3,2 mil focos registrados até o domingo (23), representando um aumento impressionante de 2.134% em relação ao mesmo período do ano anterior. A intensidade das queimadas levou o estado do Mato Grosso do Sul a decretar situação de emergência.

No último sábado (22), o governo do Mato Grosso do Sul solicitou ajuda federal para combater os incêndios. Em resposta, o governo prometeu o envio de quatro aviões do Exército e três do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de um efetivo de 50 homens da Força Nacional.

Jaime Verruck, secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento, informou que receberam a confirmação do deslocamento de duas aeronaves Air Tractor e um helicóptero para apoiar o combate no Pantanal. "Esse nosso pedido foi apresentado na semana passada durante a reunião com o Ministério do Meio Ambiente, em Campo Grande", disse Verruck.

A situação é agravada pelo clima ainda mais seco do que o normal e a baixa umidade relativa do ar típica desta época do ano, fatores que contribuíram para a explosão no número de queimadas. Na última semana, a cidade de Corumbá foi duramente atingida, com uma muralha de fogo no horizonte e densas camadas de fumaça invadindo as ruas. As chamas já devastaram uma área equivalente a três vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

As críticas de Bolsonaro refletem um cenário complexo e preocupante para o meio ambiente brasileiro, evidenciando a necessidade de ações coordenadas e eficazes para combater as queimadas e proteger os biomas nacionais.

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