Nos corredores do governo Lula, uma percepção ganha força: o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, estaria intensificando as ações que apertam o cerco contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa avaliação tornou-se evidente após Moraes decidir levantar o sigilo de 27 depoimentos relacionados à investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Entre os depoimentos agora divulgados, destacam-se os do general Freire Gomes e do tenente-brigadeiro do ar Baptista Junior, ambos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica durante o governo Bolsonaro.
Para alguns ministros e assessores influentes do governo Lula, a ação de Moraes não se limita apenas a uma questão de transparência judicial, mas parece ter uma intenção mais profunda. Segundo fontes próximas ao governo, a divulgação desses depoimentos seria uma estratégia do ministro para gerar uma "comoção" pública, preparando terreno para medidas mais severas contra Bolsonaro, possivelmente incluindo sua prisão.
Essa interpretação ganha destaque em um momento de intensificação das tensões políticas no país, com o embate entre o ex-presidente Bolsonaro e diversas instituições, incluindo o Judiciário. No entanto, é importante ressaltar que as visões sobre os movimentos de Moraes são variadas, com alguns analistas destacando a importância da independência do Poder Judiciário na condução das investigações.
Enquanto isso, o governo Lula observa atentamente os desdobramentos desse embate, ciente da relevância das decisões do Supremo Tribunal Federal para o cenário político nacional. A cada movimento, as peças do tabuleiro político se reconfiguram, e o futuro do país parece cada vez mais ligado aos desdobramentos dessas investigações e às decisões do judiciário.