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Eficiência energética em alta e preços sob ameaça

Nova regra governamental transforma o mercado de eletrodomésticos, prometendo geladeiras econômicas, mas preços mais altos


Henrik Weis/Getty Images

Uma transformação marcante está agitando o mercado de eletrodomésticos no início deste ano de 2024. A nova norma estabelecida pelo governo federal para a produção de refrigeradores domésticos promete revolucionar a eficiência energética desses aparelhos, embora também acene com a possibilidade de aumentar os preços para os consumidores.

O Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores, aprovado por uma resolução governamental no fim do ano passado, entra em vigor este ano com metas audaciosas para a fabricação de geladeiras. A norma estabelece índices rigorosos de eficiência energética, um passo essencial para promover produtos mais sustentáveis e reduzir o consumo de energia.

A primeira fase do programa, iniciada em 31 de dezembro de 2023, impõe um índice máximo de eficiência de 85,5% do consumo padrão para os equipamentos recém-fabricados. Isso significa que apenas produtos que atendam a esse padrão poderão ser comercializados até o final de 2024, levando as fabricantes e importadoras a liquidar os estoques de modelos antigos.

Já a segunda fase, programada para começar em 31 de dezembro de 2025, exigirá um patamar ainda mais desafiador, permitindo apenas a fabricação de equipamentos que alcancem 90% do consumo padrão. Equipamentos que não cumpram essa meta poderão ser comercializados até o término de 2026.

É importante destacar que os refrigeradores atualmente permitidos operam com índices máximos superiores a 96%. A expectativa é que, a partir de 2028, os produtos disponíveis no mercado sejam, em média, 17% mais eficientes do que os modelos presentes hoje nas lojas, oferecendo um avanço significativo em termos de economia de energia.

Essa mudança radical na fabricação de geladeiras está alinhada a um esforço maior de descarbonização do governo. O Ministério de Minas e Energia (MME) estima que, com essa mudança na legislação, aproximadamente 5,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono deixarão de ser emitidas até 2030.

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