Na carta endereçada ao ex-presidente Lula, o líder argentino Milei ratificou sua postura de recusa à adesão ao Brics, contrariando o convite estendido ao país para integrar o bloco junto com outras nações. O posicionamento, previsto para vigorar a partir de janeiro de 2024, indica a revisão de decisões tomadas pelo governo anterior, especificamente a criação de uma unidade especializada para a participação ativa da Argentina no Brics, como mencionado pelo próprio Milei.
A correspondência, recebida em Brasília no dia 22 de dezembro, foi enviada também aos líderes dos países membros do Brics. Autoridades do governo brasileiro demonstraram expectativa nula quanto à postura de Buenos Aires, afirmando que a posição de recusa já era esperada. Em novembro, a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, já havia sugerido a negativa do país em aderir ao bloco.
Em agosto, quando ainda concorria à presidência argentina, Milei já havia declarado sua oposição à entrada da Argentina no Brics, fundamentando sua posição com o alinhamento geopolítico do país aos Estados Unidos e Israel, destacando que a nação não se alinharia com regimes comunistas.