O vereador Magno Dheco, membro do Partido Progressista (PP), está no centro de uma investigação do Ministério Público Eleitoral (MPE) por possível crime eleitoral. A apuração visa esclarecer declarações supostamente falsas na prestação de contas do parlamentar, especialmente pela omissão de bens, configurando uma violação do artigo 350 do Código Eleitoral.
De acordo com o MPE, Magno Dheco teria deixado de informar quatro veículos registrados em seu nome durante as eleições de 2020. Entre os automóveis estão um Uno Mille 2003, uma S10 2014, um Jeep Compass 2018 e uma moto Honda XRE 300, fabricada em 2015. A acusação sustenta que o vereador teria alegado a venda desses veículos, porém não realizou a devida transferência documental, omitindo a transação perante a Justiça Eleitoral.
A recusa do Ministério Público em aceitar as justificativas apresentadas por Dheco resultou na solicitação de informações ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) sobre a situação dos veículos em questão. Um ponto crucial na investigação é a moto Honda XRE 300, registrada em nome de Thiago Jardim, colaborador no gabinete do vereador, segundo o MPE.
Chama atenção o fato de que, em 28 de novembro deste ano, Magno Dheco fez sérias denúncias contra o Detran durante uma sessão na Câmara de Vereadores, acusando o órgão de estabelecer uma suposta "máfia no posto de Araruma". Agora, ironicamente, o próprio vereador está sob investigação por possível falta de declaração adequada sobre a posse de veículos perante a Justiça Eleitoral. O desdobramento desta investigação promete gerar movimentações nos bastidores políticos locais.