Com o maior número de ônibus incendiados em um único dia. De acordo com a Rio Ônibus, que representa as empresas de transporte da cidade, pelo menos 36 coletivos foram queimados na zona oeste do Rio, após uma operação policial que resultou na morte do sobrinho de um miliciano local. Um trem da SuperVia também foi alvo dos ataques, aumentando ainda mais a gravidade da situação.
Os ataques foram uma resposta violenta à morte de Matheus da Silva Resende, conhecido como Teteu ou Faustão, vice-líder de uma quadrilha local. Ele foi morto durante um confronto com policiais civis em uma favela de Santa Cruz, bairro da zona oeste. Resende era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, líder do principal grupo miliciano da região desde 2021. O governador do estado, Cláudio Castro (PL), apoiou a operação policial, enfatizando que o crime organizado não pode desafiar o poder do Estado.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), condenou os ataques, chamando os responsáveis não apenas de bandidos, mas também de "burros". Ele criticou a destruição dos ônibus públicos, pagos com dinheiro do povo, como forma de protesto contra a operação policial, prejudicando principalmente os trabalhadores da cidade.
Em decorrência dos ataques, a Prefeitura do Rio suspendeu as aulas nas escolas municipais, conforme anunciado pelo secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha. A situação levou a cidade a entrar em estágio de atenção, indicando que uma ou mais ocorrências já afetam parte da população e a rotina da cidade foi significativamente impactada. As equipes municipais estão trabalhando para minimizar os danos dessa crise na vida dos cariocas, especialmente dos alunos e profissionais da educação.